segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Bonomi: entre a gravura e a arte pública

     A exposição da artista e gravurista Maria Bonomi traz diversas obras de sua carreira até os dias atuais. Até o dia 8 de janeiro de 2012 é possível conferir a mostra no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) em Brasília. São quatro ambientes com visitação gratuita.  

Foto: arquivo Cultura BSB



     Maria Anna Olga Luiza Bonomi nasceu em julho de 1935 em uma aldeia próxima a Milão. Suas obras tem características que podem ser identificaas pelos diferentes períodos de sua vida. Na infância Bonomi conviveu com a Segunda Guerra Mundial, até que sua mãe trouxe a família para o Brasil em 1944. Já no Brasil, a artista morou com o avô, o que a fez conviver com artesões.
     Quando visitou a exposição do gravador Lívio Abramo, Bonomi pediu a ele que fosse seu mestre, o que só aconteceu depois de muita insistência e como aprendiz ela começou lixando madeira e  imprimindo as matrizes de seu mestre em papel arroz. O curioso é que em menos de dez anos Bonomi e Abrano fundaram juntos em São Paulo o Estúdio Gravura, onde ensinavam técnicas da gravura até 1963.

A exposição
     A exposição que acontece no CCBB traça o caminho artístico de Maria Bonomi, dividida em três galerias, onde é possível acompanhar a trajetória da artista com mais de 150 obras, entre instalações e gravuras. Começando pela Sala Multiuso com obras que a artista elaborou em plena Estação da Luz, São Paulo. Com painéis espalhados, a artista pretendia que o público que por alí passasse, interagisse com suas obras.
       Na galeria 1, dividida em dois ambientes, térreo e subsolo, o público vai encontrar dois temas distintos. No térreo a feminilidade, os espelhos por todas as paredes revelam o íntimo, onde "primeiro você tem que se descobrir para depois descobrir o próximo", e muitas instalações projetadas no teto e em grades, representando a exposição da mulher. No subsolo, o Calabouço, com obras do período da ditadura no Brasil, todas feitas com técnicas da xilogravura e seus moldes.
      Por fim a Galeria 2, nela quadros feitos com técnicas da xilogravura e peças feitas com metais chamam a atenção do público por seus detalhes e cores. Uma das obras mais importantes da artista é “A Ponte”, na qual ela passou quatro anos em seu desenvolvimento e que foi concluída para a exposição do CCBB. 

A exposição tem classificação livre e a entrada é gratuita.
O CCBB funciona de terça a domingo, das 9h às 21h.
SCES, Trecho 2, lote 22
Telefone para contato: (61)3108-7600

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